#Crônica: Uma pausa para as lembranças
Peguei Covid. Pois é. Quem diria que um bichinho tão pequeno, possa, depois de tanto tempo, fazer um estrago tão grande. Os três primeiros dias foram os piores e, agora, sigo me recuperando bem. Essa pausa que a doença nos obriga a fazer - e a chegada do Dia dos Pais -, me fez lembrar de tanta coisa. Tanta coisa que, dado a correria do dia a dia, meio que fica "jogada" em algum lugar da nossa memória, praticamente esquecida. E como é gostoso isso, lembrar. Lembrei de uma vez em que, jogando bola na rua com a molecada - e descalço -, fui inventar de buscar a bola no mato e, adivinha, pisei direto em uma garrafa de vidro quebrada. Foi aquela gritaria. O meu pai, coitado, cansado do trabalho, teve que correr comigo para o hospital. Chegando lá, ele ainda teve de me carregar até o atendimento. E essa é a minha principal lembrança: do colo do meu pai. Naquela hora, em seus braços, a dor já não doía mais. Eu me senti seguro, me senti salvo, como se um herói estivesse ali, junto com