"Não tem muito o que falar"




Prezada leitora, estimado leitor, precisamos separar os fatos da espuma. Ou, como alguns preferem dizer, da "cortina de fumaça". Este "escândalo" do leite condensado, chicletes e etc, está sendo um tanto quanto superdimensionado, ao meu ver. É óbvio que, se houve crime, que este seja apurado e punido, simples assim (odeio essa expressão). Porém, nosso foco deve ser outro. Naquilo que, de fato, mais nos interessa agora.

Temos mais de 220 mil mortos pela pandemia e mais de 9 milhões de infectados e/ou sequelados. Além disso, novas cepas estão se espalhando no que já vem sendo chamado de "megaepidemia", colapsos nos sistemas de saúde continuam acontecendo e os fechamentos - necessários - estão voltando e atrapalhando o trabalho e a renda de muitos.

Diante deste cenário, pra ajudar, o governo ainda vacila para confirmar a compra de vacinas, no que me parece ser, uma continuação de uma guerra política já vencida por Dória, é bom lembrar.

A resposta, por meio do Ministério da Saúde, diz que se pode posicionar até o mês de Maio, pasmem. Como se não houvessem mais de mil mortes diariamente. Especula-se que chegará a 2 mil. Um verdadeiro "holocausto" brasileiro. Uma tragédia.

E mesmo que haja a compra (aparentemente houve uma sinalização no momento em que escrevo estas palavras), as doses ainda não serão suficientes para a imunização de toda a população brasileira.

Fala-se tanto em salvar a economia, qual a razão dessa demora, sendo que, como estão dizendo alguns especialistas e economistas, será a única solução para a retomada?

Não tem o que falar. Não tem explicação.

Numa entrevista ao programa Roda Viva, o prefeito de BH, Alexandre Kalil, disse que "o mais difícil foi feito, que era a liberação do dinheiro, o mais fácil ele não fez". E como era fácil. Continua sendo. O "Mito" poderia ser alçado à "Herói", entretanto, diante dos seus atos e atitudes, não passa de um "Vilão".

Para quê tanta desumanidade?

Poderia também falar dos Ministérios, do Supremo, da PGR, da Câmara, do Senado, etc, mas nada anda, falar o quê?

Um post recente dizia assim: "Faltam quantas mortes para o impeachment?". Pois é. Prefere-se mandar o povo para as ruas e a "pqp", do que resolver os problemas.

Qual é o preço do populismo? Até onde vai, "Centrão"?

Liturgia do cargo. Quem diria que sentiríamos tanta saudade disso. E tem bobo que aplaude a truculência.

Se tudo isso não são motivos e crimes (dentre tantos outros já cometidos, na minha humilde opinião), eu não sei mais o que é. Está na hora de agir, não tem muito o que falar.

Um abraço.

Foto: EugeneTomeev - Getty Images/iStockphoto

Comentários

Post mais visto

#Crônica: "Privilégio"

Leia também

#Crônica: "Ele mudou"

#Crônica: "Ih, deu branco!"

#Crônica: Como fazer Deus sorrir?