#Opinião: Eles querem "poder"...


Sempre que me presto à assistir aos discursos, promessas e falas de políticos, em geral, me lembro desta máxima criada pelo humorístico Casseta & Planeta Urgente: "Eles querem 'poder'...'poder' com a vida da gente".

Nada mais justo, certeiro e irônico.

Precisamos olhar menos para a retórica e mais para os atos e ações. Eles são e serão muito mais reveladores do que as palavras.

Hélio Schwartsman, em recente artigo, meio que "matou a charada". Diz Hélio: "Num átimo, entendi a essência do governo: ocupam os cargos mais estratégicos aqueles que não têm qualificação para exercê-los".

Pois é.

Tomemos somente o último ano. Quantas polêmicas? Quantas brigas? Quantas decisões estranhas? Quantos desgastes desnecessários? Quantas contradições? Quantas tentativas frustradas de controlar a narrativa? E tudo isso envolvendo Ministros, Secretários, Assessores, etc, além, claro, do nosso líder eleito.

Isso sem contar o "assassinato" da Lava Jato (R.I.P.), os 37 milhões bloqueados pela omissão de "quem manda e quem obedece", as sabotagens das vacinas e políticas de controle, prevenção e tratamento da doença, a recente tentativa de "enquadrar" a Anvisa, entre outros.

De tão simples e óbvia, esta análise do Hélio parece mentira. E pasmem, com a vitória dos candidatos apoiados pelo Presidente, esta lógica está, também, sendo seguida nas composições das novas Mesas das Casas Legislativas. As principais comissões podem ser lideradas pelos piores personagens possíveis. Aff!

  

Respira...

Eu tenho uma teoria, bem simplesinha, alinhada com esta piada dos "Cassetas": nenhum político está interessado em, de fato, resolver os problemas da sociedade (eles querem...já sabe, né?), pois, se o fizer, este tornar-se-ia "dispensável" e perderia sua aura de "salvador". Não sei dizer se esta teoria é verdadeira, visto que generalizar é sempre um erro, porém, toda esta "esculhambação" (vide a "festinha" para 300 pessoas), que ocorreu e está ocorrendo supera, em muito, minhas singelas convicções.

Outra epifania, destas óbvias e constrangedoras de tão simples que são, foi constatar que temos os "capachos" (tudo bem, normal, acontece em qualquer lugar). Mas aí, temos os "capachos dos capachos". Uma segunda categoria de idolatria e alienação. Meus Deus, quanta estupidez! Como não havia enxergado isso antes?

E não para por aí, mais perguntas me ocorrem: Agora vai? A Carta compromisso será honrada pelos líderes? Quais serão as pautas? Qual a agenda? 35 prioridades? A boiada vai passar? Já está passando? Qual será a próxima desculpa para não trabalhar? Quem será o próximo culpado? Aonde tudo isso vai dar?

E a pergunta de "1 milhão de dólares": a quem interessa tudo desse jeito?

Nada como um dia após o outro.

Novamente, olhemos mais para as ações e menos para as palavras. Quando as "conveniências" caírem, as verdades serão reveladas. A conferir.

"Eles querem 'poder'...'poder' com a vida da gente".

Seria cômico, não fosse trágico.

Um abraço.


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Foto: Gabriela Biló - O Estado de S. Paulo

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