#Homenagem: "À eternidade, Paulo"

Paulo Gustavo em cena, no teatro

Pois é, passado o Dia das Mães, e tendo como sua principal personagem, a Dona Herminia, pensei: Vou escrever sobre Paulo Gustavo. No milésimo de segundo seguinte, me veio o calafrio: Quem sou eu para escrever sobre ele? Que direito ou autoridade eu tenho para isso?

E agora?

Não o conhecia. E o que sei sobre Paulo Gustavo é, provavelmente, o mesmo que você. Seus filmes, programas, séries e especiais, assim como, as entrevistas e homenagens - merecidas - que foram mostradas nestes últimos dias. Mas a "pulga estava atrás da orelha" e, enquanto não colocasse isso para fora, não ficaria em paz.

Então cá estou, com humildade, escrevendo estas singelas palavras sobre este grande ator e humorista, mas principalmente, sobre este gigante ser humano, que só nos foi inteiramente revelado após a sua partida.

Perder pessoas, neste momento, por falta de vacinas, nos gera revolta e muita tristeza. E todos perdemos. São esposas, maridos, irmãs, irmãos, mães, pais, filhas, filhos, avós, avôs, netas, netos, primas, primos, sobrinhas, sobrinhos, comadres, compadres, afilhadas, afilhados, amigas, amigos e colegas de trabalho, que nos deixaram sem precisar deixar.

Quando tudo isso irá acabar? Quantos mais perecerão? Quando a dor e a saudade vão ficar mais leves?

A vida continua. Sim, concordo. Mas é preciso refletir e dizer isso com a seriedade e a maneira respeitosa que a situação pede. E não com a futilidade e o deboche que, alguns, ainda insistem em dizer. 

Fiquei impressionado com a fortaleza de Dona Déa Lúcia, em sua entrevista ao Fantástico. Já havia visto isso em outras ocasiões. Pessoas que, diante da tragédia da vida, ganham uma força e uma voz sobre-humana e, ao invés de serem consoladas, são elas que nos consolam.

Eu acredito muito em se "cumprir a missão". Penso que todos temos um propósito aqui e, caso não ocorra alguma injustiça, só partimos quando temos de partir. Paulo Gustavo cumpriu, com louvor, a sua tarefa. Seja através do seu trabalho, da sua filantropia ou do seu exemplo. Cabe a nós não esquecê-lo. 

Não esquecê-lo. Acho que isso justifica esta minha pequena homenagem.

  

A vida se vai mas o legado fica. É o que sempre digo e prefiro dizer nestes momentos difíceis. 

Paulo Gustavo nos fez rir e nos fez chorar. Paulo Gustavo nos apresentou a sua família e, automaticamente, ela passou a ser a nossa família também. Paulo Gustavo nos inspirou a sermos melhores. Paulo Gustavo amou muito e, ouso dizer, foi muito amado.

No final, é só o que importa.

Obrigado, Paulo. Descanse em paz.

Um abraço.


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Dona Hermínia interpretada por Paulo Gustavo


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Fotos: paulogustavo.com

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