"Retrocedemos ou não evoluímos?"

 


Eu não sei vocês, mas tenho fugido dos jornais e telejornais. Não é que eu não queira estar informado, mas tenho procurado ficar longe daquela sensação de "moer carne", sabe? Aonde já sabemos os fatos e as informações, porém, ficamos assistindo aos analistas "remoerem e remoerem" aquelas mesmas pautas.

Tenho buscado desenhos, séries e filmes antigos, fora do "hype", algo como uma redescoberta, visto que, por algum motivo ou outro, não consegui assistir ou acompanhar na época de seu lançamento.

E isso está se tornando um problema, de certo modo.

Ao assistir, por exemplo, "A Outra História Americana" (American History X), de 1998 - pouquíssimo tempo. Meu Deus! Quantos paralelos com os dias de hoje! Discursos de ódio, extremismo, violência, etc. Tem até um velho maluco que influencia uma parcela das pessoas para as suas maluquices, lá.

Ao ver uns poucos episódios da série animada dos "X-men" (X-Men: The Animated Series), de 1992 - um pouco mais antiga. Uau! Problemas sociais, intolerância, preconceito, etc. Parece familiar?

E "Capitão Planeta" (Captain Planet And The Planeteers), de 1990, com a sua defesa da natureza e do meio ambiente? Está tudo igual ou mudou alguma coisa? E o início da editora Marvel Comics, em 1939, com seus quadrinhos trabalhando as questões raciais? Enfim, são muitos exemplos e produtos culturais que podemos pesquisar e consumir.

A arte se alimenta da vida para a sua criação e expressão. Seja para ensinar, entreter, refletir, valorizar e também para criticar. Vejo alguns dizerem que estamos retrocedendo. Ao assistir e conhecer estas obras, minha percepção é de que não evoluímos.

Olhemos para os nossos problemas atuais, nossos eleitos, nossa sociedade, nossos amigos e para nós mesmos. O que enxergamos? Quais os principais problemas que ainda teimam em existir?

Mas, como disse, é só uma percepção. No filme, o protagonista busca a redenção e tenta salvar seu irmão, para que ele não comenta os mesmos erros. Nos desenhos, os heróis buscam a paz e o bom convívio. Nos quadrinhos, havia a normalização e o respeito às diferenças. 

Cada um é cada um e nossa sociedade é plural, principalmente na ideias. Não dá para generalizar, claro. Só que faz a gente pensar. Pelo menos, um pouquinho.

Um abraço.

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