#Crítica: "Eles sabem das coisas"


Um aviso importante antes de continuar, temos spoilers!

Você foi avisado.

Esse pessoal da Marvel, tenho que admitir, sabe das coisas. Adoro o MCU e, por consequência, acompanhei e acompanho, suas novas séries, dentro desta fase de expansão do universo.

"WandaVision", "Falcão e o Soldado Invernal" e agora "Loki", me fazem matar a saudade dos filmes que a pandemia nos atrasou. No Disney+, ainda, temos o "Lendas", que nada mais é do que um resumo dos principais personagens que ganharam estas séries, como se fosse um trailer.

E tenho que dizer: como eles empolgam! PQP!

Luiz Felipe Pondé, em um recente artigo, disse que estes filmes de heróis são coisa para retardados e que o cinema está refém desta linha de criação e arte. Calma, Pondé! É só diversão, meu prezado filósofo. Não precisa ser tão sisudo (risos).

Uma coisa que sempre reparo nos críticos de cinema e cultura pop, em geral, é que eles opinam sobre estes filmes e séries que, de certo modo, são para "crianças", como se fosse algo para "adultos". Espero não cometer este mesmo erro aqui nestas palavras.

O que justifica este sucesso? Porque outros estúdios não estão conseguindo isso? Me atrevo a dizer que arte, criatividade e talento, combinados com técnica, investimento e capricho seriam as respostas. Mas não é só isso, mesmo divertindo, eles estão conseguindo tocar em temas "espinhosos" e nos fazer refletir. Acho que este "tempero" ajuda no resultado.

Uma vez, numa palestra do Marcelo Tas, ouvi ele dizer que o "pulo do gato", não importa a mídia, está em "tocar o coração das pessoas". Genial! Além de certeiro, é poético. Acho que a Marvel, assim como outros estúdios (Pixar e a própria Disney em si, por exemplo, já que está tudo debaixo do mesmo guarda-chuva), são especialistas nisso.

Falando especificamente de "Loki" e seu primeiro episódio: assisti e gostei muito. Porém, a não ser que eles subvertam isso de algum modo, o final me pareceu meio óbvio. Ele certamente voltará ao seu "ponto inicial", para cumprir o seu destino na "linha sagrada", que já conhecemos. Também ficou patente seu retorno ao universo cinematográfico, uma vez que ele conheceu - e assistiu - a seu próprio futuro, podendo assim "enganá-lo". E mais, para ajudar neste retorno, deram a ele até uma "Joia do Infinito" (ou você acha que ele não ficou com ela naquela cena?), curiosamente a do "Tempo", para justificar tudo.

Não queria ter pensado isso, assim logo de cara, mas estou empolgado e irei assistir até o final.

Um abraço.


Foto: observatoriodocinema.uol.com.br

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