#Rapidinhas: "Salvo pela caixinha"



Foi um susto.

Estava a caminho do trabalho, a pé (uma das vantagens de se morar no interior e próximo ao serviço), quando, de repente, uma moto me passou com um som super alto.

Meu primeiro pensamento foi: "Caramba! Uma moto com alto-falantes", mas não. Logo em seguida, reparei que o garupa levava uma daquelas caixinhas bluetooth.

Legal. Bacana.

A caixinha ainda tocava Charlie Brown Jr. - que é uma das minhas bandas favoritas - e animou uma manhã tediosa e triste, pela rotina e pela realidade.

  

Logo mais, à frente, quase que como um alinhamento das estrelas, encontro novamente com os amigos motociclistas. Sim, não sei quem são eles, mas já os considero como amigos. Você vai entender já, já.

Pois bem, no instante em que me aproximava, enquanto eles estacionavam a moto, do outro lado da rua, a música parou. E, assim que ela parou, na mesma calçada em que eu estava, surgiu ele... é, ele: o chato.

No mesmo momento em que o chato apareceu, a música voltou - altíssima - tocando Planet Hemp. O chato, como que de reflexo, olhou para eles.

Nesse instante, nesse milésimo de segundo, eu fui "Ronaldinho Gaúcho": o chato olhou para um lado e eu passei pelo outro. Do lado dele. "Mim acher".

Escapei.

Escapei de um papo maçante, com as mesmas histórias de sempre e reclamações idem, que iriam me custar uns bons minutos, logo cedo.

Nunca imaginei que seria salvo por uma JBL.

Obrigado amigos, obrigado caixinha.

Um abraço.

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