#Reflexão: "Quanto tempo dura a felicidade?"

Eu não sei quem é você, nem quando e como receberá estas palavras. Também não sei como está a sua vida e os seus sentimentos neste momento. Apenas desejo que você tenha saúde e sabedoria, para encarar os desafios e os problemas que, naturalmente, acontecem e surgem na vida de todos nós.

Quanto tempo dura a felicidade?

Não falo do prazer momentâneo de uma vitória, uma comemoração, ou o gozo da conclusão de algo positivo. Também não falo de parecer um "bobo alegre" diante do caminho da vida. Falo da "alegria de viver", mesmo com todas as dores, derrotas e frustações que fazem "parte do pacote".

Você deve estar pensando: "Que atrevimento! Agora ele vai dar a resposta à uma das 'grandes perguntas'!".

Não, prezados leitores, eu não me atreveria. Muito menos em um texto meio crônica, meio artigo. Sou tão pequeno e tenho tantas questões quanto você. Minha proposta é de apenas pensarmos juntos e refletir.

Essa questão, vira e mexe, volta à minha mente.

Certa vez, num antigo trabalho, começamos a conversar sobre isso. Argumentei que felicidade era uma decisão. Você tem que, conscientemente, escolher a alegria, a cada momento. O que não é fácil. Meu interlocutor dizia que felicidade era uma consequência. Ou seja, você tem que fazer algo e, consequentemente, você terá felicidade. O que também não é fácil. Quem estava certo? Não sei dizer, acho que ambos, mas um detalhe que me lembro, foi de que saímos melhores daquele papo.

Penso que falta isto ao debate hoje em dia. Vejo muito "Eu estou certo e você está errado!", e pouco ou quase nada de "Vem cá, vamos resolver isso juntos?". Esta agudez só gera violência. E violência nunca resolve nada. Quando pensamos que resolveu, na verdade, ela só trouxe traumas e mais problemas. Mas isso é um outro assunto.

  

Voltando ao ponto. Quando está tudo bem e tudo dando certo, é muito fácil falar sobre sucesso e felicidade. Buscamos livros, palestras, etc. Mas, e quando está dando tudo errado? Quando o barco está afundando e você tem que manter a pose? É difícil, não é?

É.

Nesta hora escura, quando vemos a chama se apagar, lentamente, e não temos condições de fazer nada para mudar isso, colocamos em dúvida tudo aquilo que aprendemos e, principalmente, nossa fé. Verdade ou mentira?

Pois é. Não deveria ser assim. Porque no momento em que mais precisamos de ajuda, é o momento em que nos fechamos e buscamos a fuga?

O sentimento de revolta nos gera inquietação para agir e mudar nossa realidade. Mas, para mudar, é preciso primeiro aceitar. Aceitar a vida como ela é, quem somos e aonde estamos, para depois sim, fazer aquele básico que já sabemos (metas, estratégia, disciplina, etc).

Pensamos que o sucesso é chegar "lá". Mas o que é esse "lá"? Afinal, existe um "lá"? E a tristeza e infelicidade? Qual a função delas? Existe uma função? Não sei dizer.

Acho que o êxito só é "êxito mesmo", se a "caminhada" também for bonita. Sem isso, torna-se uma "vitória vazia". E olha, estamos cercados por "cascas" vazias. A essência e o amor, que é o que realmente importa e faz diferença, está sendo esquecido e ignorado.

Não percamos tempo em demonstrar carinho. Pois, o que vem depois, caso não seja feito, é apenas arrependimento. E arrependimento é a alegria que não foi aproveitada.

Novamente, não tenho respostas e muito menos certezas. São apenas meus achismos ditos em poucas e medíocres palavras. Ainda existem livros, pensadores e até cursos que se aventuram em responder estas questões. Pode ser um caminho, ou um começo. O meu convite é para a reflexão.

Eu não sei quem é você, nem quando e como receberá estas palavras. Também não sei como está a sua vida e os seus sentimentos neste momento. Apenas desejo que você tenha saúde e sabedoria, para encarar os desafios e os problemas que, naturalmente, acontecem e surgem na vida de todos nós.

Força.

Um abraço.

Foto: Clipart Library.