#Rapidinhas: "A sala"

Um sala querida

Havia uma sala. Era uma sala muito engraçada, mas, diferente da canção, tinha teto e tudo o que mais interessava. Num pequeno espaço, tanta coisa vivida, tanta história lembrada.

Daquela sala, ele viu e conheceu o mundo. E o mundo viu e conheceu o seu talento e trabalho. Começou simples, com poucos móveis e foi se ajustando e evoluindo com o tempo. Um passo de cada vez, sem loucuras.

Naquela sala, ele viveu alegrias, vitórias, mas também, choros e derrotas. Viveu dúvidas e dilemas, e também, viveu certezas e convicções.

Naquela sala, ele aprendeu e ensinou. Fez coisas geniais e coisas estúpidas. Encontrou grandes paixões e grandes amigos. Mas também encontrou grandes pilantras e grandes espertalhões.

Da janela da sala, assistiu a empresas nascerem e morrerem, vizinhos chegarem e partirem. Viu também construções começarem e reformas acontecerem. Viu o transito mudar, mudar de novo, voltar ao que era antes e mudar novamente.

Ainda da janela, viu a chuva, viu o sol, viu o "sunset" e o nascer de mais um dia. Viu pessoas caminhando, correndo, pedalando, dirigindo ou pilotando. Algumas com pressa, outras não. Alguns pedindo ajuda, outros ajudando e, uns poucos, sendo egoístas e brigando.

  

Naquela sala, colaboradores chegaram e partiram. Alguns vieram e ficaram, outros, nem passaram pela porta. Alguns foram embora em busca de algo melhor, e conseguiram. Outros, não tiveram tanta sorte e voltaram.

Naquela sala, ele conquistou clientes. E perdeu também. Seja por burradas que cometeu, ou por outras questões que, simplesmente, acontecem.

Naquela sala, ele teve inveja por desejar aquilo que lhe faltava, mas também teve sabedoria para entender que fazemos o melhor que podemos, com aquilo que dispomos.

Naquela sala, ele entendeu que a vida é dinâmica e que não podemos obrigar ninguém a nada. Aprendeu também, que não somos tão importantes assim quanto imaginamos.

Naquela sala, ele entendeu a importância de ser mais ele, e de não tentar parecer algo que não era para agradar quem quer que fosse.

Naquela sala, enfim, ele viveu.

Viveu e aproveitou, ao máximo.

E a vida segue.

Um abraço.

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