#Opinião: "É proibido pensar"

Está proibido pensar?

Olhe os nomes, todos os nomes. Sabemos quem são eles. Sabemos o que fizeram. E, principalmente, sabemos o que eles poderiam ter feito e deixaram de fazer, ou, simplesmente, sabemos o que eles tiveram que fazer "na marra".

Informação é commodity. Um fato (ou furo, no jargão jornalístico), tem duração de apenas alguns segundos, pois, uma vez publicado, ele é rapidamente replicado nos outros veículos.

Então o que sobra?

Sobra a análise. E é aí que o bicho pega.

Tem gente que acha que está tudo certo. Tem gente que acha que está tudo errado. Tem gente brigando porque acha que está tudo certo. Tem gente brigando porque acha que está tudo errado. Gente feliz com uma possível volta ao passado. Gente feliz com uma possível continuação do retrocesso. Etc, etc, são várias eteceteras.

Parece que estamos proibidos de pensar. Parece que somos um bando de ignorantes sem nenhum tipo de memória.

  

Sinto falta de análises mais ponderadas e honestas. Que levem em consideração os contextos e, principalmente, o histórico dos fatos.

Crimes amplamente comprovados, estão sendo arquivados ou anulados, simplesmente, por tecnicalidades ou brechas da lei. Omissões claramente comprovadas, estão na gaveta ou, pior, perdidas no tempo em supostas "investigações prévias". Leis que blindam atos ilícitos e financiamentos abusivos - fundão - estão sendo aprovadas sem nenhuma cerimônia. É a festa da impunidade, pois é.

A impressão que dá, é de que o crime - de colarinho - compensa.

Não se iludam, estimados leitores. Seu candidato, em algum momento, vai te trair ou vai agir contra tudo aquilo que você acredita. Pode printar. Na hora da impunidade e do "acordão", não existe polarização.

Política não é esporte. Político nenhum merece torcida. Aliás, "político" deveria ser uma profissão como outra qualquer, sem tantas regalias, privilégios e status.

Precisamos, cada vez mais, de bom senso e vergonha na cara para não sermos enganados, inclusive, pelos nossos analistas e comentaristas.

Pense nisso.

Um abraço.


Foto: The New York Times.

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