#Opinião: "O circo e a esperança"
Mas isto acaba de mudar!
Pois bem, o circo voltou! E a esperança também.
As luzes piscam, os carros estacionam. As pessoas - de máscara - vão chegando. A fila - com distanciamento - vai se formando. O cheiro da pipoca toma conta do local. A música traz alegria e a diversão é a protagonista do show. Tudo flui bem.
Não que as coisas ruins desapareceram. As tragédias e os dramas, em maior ou menor escala, continuam a acontecer, mas, quero dizer do sentimento, daquela gota de otimismo que tanto precisamos para continuar e seguir em frente.
Não sou economista, mas acho que o circo deve ser um bom índice econômico para se acompanhar.
Veja, se a economia vai bem, o circo chega, os espetáculos são lotados e ele permanece. Se vai mal, as lonas são levantadas e ele parte para outra cidade, em busca de um melhor faturamento.
É a vida.
Se algo vai bem, buscamos melhorá-lo para que vá ainda melhor. Se vai mal, mudamos a rota e abandonamos aquilo que não dá certo. "Nada é fixo, nada é permanente, tudo está em movimento", ouvi alguém dizer, certa vez.
Passado um mês, o circo se foi. A sensação foi semelhante à música de Chico Buarque, "A Banda", em que, após ela passar, fazendo com que todos parassem e se alegrassem, "despedindo-se da dor", tudo volta ao seu lugar, "depois que a banda passou".
Sim, o circo se foi, mas, para minha alegria, a esperança ficou.
Tem um parque sendo montado lá.
A esperança continua.
Um abraço.
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