Crônica: "O som ao redor"


Você já reparou no som ao seu redor?

Pare alguns segundos.

Escute.

Pode ser um colega conversando ao telefone, pode ser alguma máquina funcionando, o som da notificação no celular, aliás, pode ser tanta coisa, que não caberia nestas poucas palavras que trocamos toda semana.

Vou te contar o meu caso: meu escritório fica em cima de uma oficina de motos. Te juro. Eu já me habituei aos roncos dos motores, as aceleradas para testes, aos estalos dos escapamentos, ao mecânico conversando com os clientes e informando os valores e orçamentos, entre outros sons característicos. Alguns poucos, quando me visitam, reparam nestes ruídos, mas isso já nem me incomoda mais, eles já fazem parte do meu dia a dia.

Enfim, reparei nisso porque hoje estou trabalhando de casa. E olha, quanta diferença! A chuva cai, serena, lá fora. Os passarinhos cantam e as maritacas fazem o seu barulhinho gostoso de ouvir. A rua, segue silenciosa e os cachorrinhos dormem tranquilos (que benção!), aguardando a chegada das crianças da escola e de alguns sortudos que conseguem almoçar na própria residência.

A sensação é de que meu ouvido descansou.

  

Eu tinha um vizinho que adorava ouvir o som bem alto e fazia questão de que a rua toda ouvisse a mesma música que ele. Teve uma vez que só faltou ele montar o "paredão" dentro da minha garagem, mas isso é uma outra história. O fato é que ele se mudou (com a graça de Deus) e o silêncio reinou.

Numa rápida pesquisa na internet, podemos perceber o quanto a poluição sonora afeta nossa saúde física e mental. Ansiedade, estresse, falta de concentração, absolutamente, todos os problemas chamados "modernos" podem ter correlação com o excesso de barulho.

Portanto, fica o alerta - sonoro, inclusive.

Acho que o primeiro passo deve ser este: escutar, perceber o ambiente e, em seguida, buscar formas de se proteger e se precaver.

E, claro, buscar ajuda médica se for o caso.

Sei que este é mais um, de tantos detalhes e coisinhas que temos de ficar atentos no dia a dia para não cair em armadilhas e problemas sérios lá na frente, mas penso ser um esforço válido.

Afinal, quem não gostaria de viver ouvindo o som do mar de sua janela, ou o silêncio do campo, ou o barulho de um riacho, ou a tranquilidade da natureza... Ave, deixa eu parar por aqui! 

Qualidade de vida é uma conquista, não vem de graça.

E para aqueles que gostam do barulho, está tudo bem também, meu amigo e minha amiga. Não estou querendo catequisar ninguém (na verdade, estou sim, só um pouquinho...rsrs). Só lembre-se da velha máxima: o seu direito termina quando começa o meu. E vice-versa.

Um abraço.

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