#Crônica: "Jornalistas, por favor, chorem!"
Nesta última semana, infelizmente, perdemos uma das maiores e melhores jornalistas do país, Glória Maria.
Seu texto era de uma elegância única. De quem, literalmente, nos colocava dentro da matéria. Além disso, uma história e uma vida incrível que foi - e está - sendo devidamente homenageada.
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Porém, me chamou muito a atenção, a tentativa - em vão - dos vários jornalistas em segurar o choro na hora de transmitir a triste e fatídica notícia.
Por quê?
Eu entendo que o manual do jornalismo pede um certo distanciamento dos fatos e das opiniões, para se manter a imparcialidade e a coesão. Mas, poxa vida! É a Glória Maria, caramba!
Pra quê isso, gente?
Jornalistas, chorem, por favor!
Não tenham medo de reagir ao que é dito e apresentado.
Isso humaniza e, principalmente, educa. Ou então, bastaria colocar um robô (a voz do Google, talvez), para ler as notícias e ficaria tudo certo, não é mesmo?
Escrevo isso e me recordo de uma passagem bem engraçada, em que o comentarista, num link ao vivo, ao começar a falar, engole uma mosca e o âncora não se contém e cai na gargalhada. Isso foi incrível! E rendeu muitos memes na internet.
É disso que estou falando.
Chorar, sorrir, enfim, a espontaneidade, deveria fazer parte do manual.
Vivemos tempos em que o óbvio precisa ser, a todo instante, repetido e lembrado (em letras garrafais, eu diria). "ISSO AQUI É ERRADO, OK? POR CAUSA DISSO, DISSO, DISSO...". "ISSO AQUI É CERTO, OK? POR CAUSA DISSO, DISSO, DISSO...", assim, desse jeitinho.
Glória Maria, que tanto nos emocionou e nos alegrou, com as suas aventuras e descobertas, talvez - e com o perdão da ousadia -, concordasse comigo.
Emoção também é notícia.
Um abraço.
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