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Mostrando postagens de maio, 2021

"Retrocedemos ou não evoluímos?"

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  Eu não sei vocês, mas tenho fugido dos jornais e telejornais. Não é que eu não queira estar informado, mas tenho procurado ficar longe daquela sensação de "moer carne", sabe? Aonde já sabemos os fatos e as informações, porém, ficamos assistindo aos analistas "remoerem e remoerem" aquelas mesmas pautas. Tenho buscado desenhos, séries e filmes antigos, fora do "hype", algo como uma redescoberta, visto que, por algum motivo ou outro, não consegui assistir ou acompanhar na época de seu lançamento. E isso está se tornando um problema, de certo modo. Ao assistir, por exemplo, "A Outra História Americana" (American History X), de 1998 - pouquíssimo tempo. Meu Deus! Quantos paralelos com os dias de hoje! Discursos de ódio, extremismo, violência, etc. Tem até um velho maluco que influencia uma parcela das pessoas para as suas maluquices, lá. Ao ver uns poucos episódios da série animada dos "X-men" (X-Men: The Animated Series), de 1992 - um pou

"Por quê?"

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Felícia não era uma apoiadora, mas, de certa forma, sempre postava coisas que a faziam parecer que sim. Diante do aplauso de sua pequena claque, comentava nos posts alheios, defendia reaberturas sem nenhum controle, reclamava das decisões de prefeitos e governadores, falava mal das vacinas, chegou até a dar pitacos nas eleições americanas, veja só. Sua mãe ficou doente, apesar de ela jurar por tudo o que é mais sagrado, que a valiosa senhora tomava muito cuidado, "até demais", dizia. Ela morreu. Somente após a sua morte, Felícia parou de fazer campanha a favor do vírus e ficou mais na dela, mesmo com sua pequena claque inflamando-a e marcando ela nos posts, para o "combate". Por quê? Por que só agora? Genival é um apoiador clássico. Compartilha tudo o que a sua deputada ou deputado preferido posta. Nos grupos de WhatsApp, compartilhou fake news sobre tratamento precoce, contra as medidas de isolamento, contra o governador, etc. Sua irmã acabou sendo infectada. Com a

#Homenagem: "À eternidade, Paulo"

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Pois é, passado o Dia das Mães, e tendo como sua principal personagem, a Dona Herminia, pensei: Vou escrever sobre Paulo Gustavo. No milésimo de segundo seguinte, me veio o calafrio: Quem sou eu para escrever sobre ele? Que direito ou autoridade eu tenho para isso? E agora? Não o conhecia. E o que sei sobre Paulo Gustavo é, provavelmente, o mesmo que você. Seus filmes, programas, séries e especiais, assim como, as entrevistas e homenagens - merecidas - que foram mostradas nestes últimos dias. Mas a "pulga estava atrás da orelha" e, enquanto não colocasse isso para fora, não ficaria em paz. Então cá estou, com humildade, escrevendo estas singelas palavras sobre este grande ator e humorista, mas principalmente, sobre este gigante ser humano, que só nos foi inteiramente revelado após a sua partida. Perder pessoas, neste momento, por falta de vacinas, nos gera revolta e muita tristeza. E todos perdemos. São esposas, maridos, irmãs, irmãos, mães, pais, filhas, filhos, avós, avôs,

"Eles só querem brigar"

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O título fala por si. "Eles só querem brigar". Resolver as questões, traçar metas e cumpri-las, fica para depois, afinal, não se trata de uma prioridade. A prioridade mesmo é "mitar", ou o equivalente do outro lado: "lacrar". Nossa realidade, nosso sofrimento, nossos dramas e o debate, não interessam. Ocupado com o trabalho, acabo tendo de me afastar das notícias até finalizar o "fechamento" de uma edição. Nas voltas, tento recuperar os textos e conteúdos "perdidos". Só que neste último retorno, pude perceber a quantidade de vídeos, podcasts, notas e respostas que eram, simplesmente, brigas vazias. Nada naquilo levaria a algum lugar. Quantas tragédias aconteceram? Quantas estão acontecendo? E os nossos analistas estão mais preocupados em vencer bate-bocas no grito, do que fazer uma análise justa e correta da nossa realidade. Sabe aquele meme do Chico Bento dizendo que "dá muito trabaio brigar"? Pois é, estou de acordo em gêner

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