#Opinião: Economia da indignação



A premissa é simples: indignação gera "IBOPE", que gera cliques e "likes", que gera comentários e "engajamento", que gera "popularidade". É similar ao "hate" (ódio), e ambos, quando consumidos sem nenhuma parcimônia, critério ou consciência, só faz trazer mal à nossa saúde física e mental.

O que me parece: sabe aquela velha máxima "falem bem ou falem mal, mas falem de mim"? Pois é. Posta-se algo horroroso, isso gera uma reação (a favor e contra) e, por consequência, um "buzz", ou uma divulgação indireta que, organicamente, chega até as nossas vistas, através do celular e redes sociais.

E a gente cai como um patinho nesta armadilha.

Ficamos sabendo de um monte de coisas que, simplesmente, não interessam, não importam; e a real discussão, o que realmente interessa, fica esquecida, atrás desta cortina de fumaça.


  


A impressão que tenho é a de que antes, pelo menos, tentava-se "manter as aparências". Hoje perdeu-se a vergonha na cara. Tudo é "explícito" e "dane-se o que você pensa sobre e dane-se você também". Que loucura!

E, pasmem, isso tem acontecido no jornalismo, na mídia, na música, na política, nas piadas, enfim, parece que nos esquecemos do básico necessário para um bom convívio em sociedade.

Eu acredito que isso se perderá por si só. Viver de treta, cansa. Eu mesmo, já estou exaurido disso. Quero distância desse jogo, mas é impressionante como, mesmo tomando diversas precauções, essas barbaridades chegam até nós.

Já escrevi uma vez e irei repetir: é preciso cuidado.

Cuidado para não ser apenas mais uma marionete nesta economia de ódio e especulação.

Um abraço.

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Foto: Andre Hunter no Unsplash.

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