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Mostrando postagens de setembro, 2022

Crônica: "O som ao redor"

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Você já reparou no som ao seu redor? Pare alguns segundos. Escute. Pode ser um colega conversando ao telefone, pode ser alguma máquina funcionando, o som da notificação no celular, aliás, pode ser tanta coisa, que não caberia nestas poucas palavras que trocamos toda semana. Vou te contar o meu caso: meu escritório fica em cima de uma oficina de motos. Te juro. Eu já me habituei aos roncos dos motores, as aceleradas para testes, aos estalos dos escapamentos, ao mecânico conversando com os clientes e informando os valores e orçamentos, entre outros sons característicos. Alguns poucos, quando me visitam, reparam nestes ruídos, mas isso já nem me incomoda mais, eles já fazem parte do meu dia a dia. Enfim, reparei nisso porque hoje estou trabalhando de casa. E olha, quanta diferença! A chuva cai, serena, lá fora. Os passarinhos cantam e as maritacas fazem o seu barulhinho gostoso de ouvir. A rua, segue silenciosa e os cachorrinhos dormem tranquilos (que benção!), aguardando a chegada das cr

#Crônica: "Festa de criança"

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Festa de aniversário de criança é um barato, não é mesmo? A gente se diverte e pode fazer certas coisas sem nenhum tipo de culpa. Por exemplo: cantar e dançar todas as musiquinhas da "Galinha Pintadinha". Sim! Ou de outra atração infantil (acho que é a música do tubarão, tutururu, tubarão, tutururu...). E jogar bexiga? Comer doces? Repetir os doces? Humm, que delícia! Enfim, é só alegria e sem nenhum tipo de julgamento. No máximo um "Nossa, aquele tio é bem animado, né?", devem pensar. Lembro que na minha infância as festas eram mais simples. Era pão com carne moída, bolo e bala de coco. E, claro, o brigadeiro. Esse não podia faltar, além das bexigas. As brincadeiras, com os amiguinhos, vizinhos e parentes, eram no quintal da casa mesmo.  Depois vieram as inovações. O balão cheio de balas, por exemplo. Era batata. Toda festa tinha que ter (ai do papai e da mamãe que não fizesse). A criançada saia no tapa pelas guloseimas. Depois vieram os brinquedos. Enquanto os pai

#Crônica: "Decência, ainda temos"

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A cena foi vista de longe, e me causou arrepios. Um pintor, com seu compressor, fazia calmamente o seu trabalho junto à uma porta no comércio - bem ao lado de onde meu carro estava estacionado. A cor que ele pintava a porta: preta. A cor do meu carro: prata. "Que maravilha!", pensei. "O carro vai ganhar umas manchas na pintura!", gritando em pensamento e serrando os dentes. "Tudo isso para ajudar, só me faltava essa!", já espumando (na minha cabeça), conforme ia me aproximando do lugar. Qual não foi a minha surpresa - e alívio - quando me deparei com meu carro "envelopado" por um grande plástico preso por fitas adesivas. Achei aquilo de um respeito tão grande (coisa rara hoje em dia), que fiquei boquiaberto. "Opa, vou sair com carro", disse para o gentil pintor. "Ah sim, eu cobri ele para não sujar", me respondeu com um sorriso. "Olha, rapaz, eu fico muito agradecido por isso, viu? Muito obrigado e um bom trabalho aí pra

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