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Mostrando postagens de março, 2021

"Acertô, mizeravi!"

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Imagine um ônibus, com 100 lugares. Sobem 100 passageiros e todos ficam sentados. Em uma parada, descem 20 passageiros, porém, sobem 30 pessoas. Como não há lugares suficientes para todos, 10 passageiros tem de ficar em pé, esperando algum lugar vagar. Na próxima parada, descem 50, entretanto, sobem 80. Ficam, agora, cerca de 40 passageiros, aguardando uma vaga. Estão acompanhando o raciocínio? Pois bem, escrevo isso porque estou espantado em ver o quanto a falácia do "Se morrem 2 mil pessoas/dia, onde estão os leitos desocupados???", rendeu e ganhou força, inclusive, entre pessoas estudadas. Um pensamento tão imbecil que, até então, eu achava que não precisava de resposta. Para quem ainda não entendeu, lá vai: NÃO ADIANTA VAGAR LEITOS SE O NÚMERO DE CASOS E DOENTES NÃO PARA DE AUMENTAR! NÃO HÁ LEITOS SUFICIENTES SE TODOS FICAREM DOENTES AO MESMO TEMPO! Como é triste perceber que, diante de uma forte alienação, baseada em mentiras, crueldade e estupidez, as pessoas simplesmen

"Vale a pena?"

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Vocês também perderam amigos nesta pandemia? Digo, não no sentido de morte, mas no de amizades desfeitas, seja por idiotice ou pela falta de respeito. Sim ou não? Acho que todos perdemos. Nos dois sentidos, aliás. No meu caso, no sentido inicial, alguns apenas deixei de seguir, os piores foram bloqueados e, outros, simplesmente apertei o botão "desfazer amizade", sem hipocrisia. Foi como tirar um pesado fardo das costas. Inclusive, defendo que você também faça isso, se ainda não o fez. É libertador. Precisamos deixar de ser escravos dos outros. Aquela coisa de ter que dar satisfação de tudo o que se está fazendo, sabe? Comecei a escrever para não enlouquecer. Estávamos vivendo um momento em que coisas absurdas eram ditas e feitas, sem que houvesse um abençoado que falasse: "Isto está errado!". Não que tenha parado. Não parou. Mas hoje, vamos dizer, o povo está mais esperto, eu acho. Buscar informações em boas fontes, respeitar os vieses e seguir sempre no sentido do

#Opinião: "O que irá convencê-lo?"

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A realidade se impõe e ele ainda não se convence. Completamos um ano de pandemia e ele ainda não está convencido. Cerca de 300.000 brasileiros mortos e ele ainda não está convencido. Ultrapassamos a cruel marca de 3 mil mortes diárias e ele ainda não está convencido. Colapsos, superlotações, falta de insumos e pessoas morrendo sem atendimento, no chão, e ele ainda não está convencido. Colapsos funerários, falta de caixões, enterros em valas gigantes, carretas frigoríficas, a visão clara do horror e ele ainda não está convencido. Colapso econômico, pelo descontrole ao combate à pandemia e ele ainda não está convencido. Três ministros da saúde (dois deles ainda tentaram fazer o certo), fatos desmentidos dia após dia, compras desautorizadas, remédios que não funcionam e ele ainda não está convencido. Políticos, ministros, assessores, apoiadores, parceiros, etc, pedem, orientam, imploram, mas ele não muda. Ainda não está convencido.  Médicos, governadores, prefeitos, especialistas, pressio

"A incapacidade de enxergar o óbvio"

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Já aviso de cara: aqui vai um desabafo. Sabe, minha gente, eu não tenho problema nenhum com os vieses, acho que faz parte do jogo. Apoie "A" ou "B", tanto faz, não me importa. Mas, quer me ver puto da cara, é se deparar com algum infeliz que, por um suposto apoio, se torna incapaz de enxergar o óbvio. Uma pessoa que não consegue dizer as seguintes palavras contra aquele ou aquela que apoia: "Isso está errado". Meu querido e minha querida, na boa, vai pra PQP! Tenha o seu viés, tenha o seu lado, tudo bem. Mas tenha a hombridade de olhar a realidade como ela é. Sem narrativas, sem firulas, sem teorias da conspiração e sem maluquices, por favor. Defenda o seu ponto com argumentos e com razões. Não com mentiras, falácias, discurso de ódio, baixarias ou "conveniências" (falando de modo bem irônico). Nosso chefe do Executivo conseguiu a proeza de, vamos dizer assim, ser chamado de imbecil, por aquele que se diz "a alma mais honesta deste país"

"Dando uma de louco para cagar dentro de casa"

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Tenho um amigo que considero muito sábio. Certa vez, no antigo trabalho, após um outro funcionário responder de modo bem evasivo, se fazendo de desentendido, ele me veio com essa pérola: "Esse cara tá dando uma de louco pra cagar dentro de casa". Este amigo sempre tem ótimas tiradas. "O gerente é aquele que enfarta no lugar do dono", é outra dele. Mas isso fica para um outro texto. Muito bem, minha reação, após ouvir esta "máxima" foi: "Hã?". Ele, muito calmamente, me explicou. Disse que o tal funcionário, sabia exatamente o que acontecera; e também, o que precisava ser feito para resolver o problema, porém, isto faria com que ele tivesse de ficar mais tempo no trabalho e, portanto, para que isso não ocorresse, ele usou aquela boa e velha "tirada de corpo fora" para conseguir, de fato, realizar seus "hábitos de higiene" em sua própria residência. Demos boas risadas, mas o pepino, sim, o pepino, ficou para nós descascar. Pois é

"Brasil, minha voz enternecida"

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Você, caríssima leitora e estimado leitor, já deve ter percebido o quanto gosto de utilizar alguma imagem ou história pessoal para ilustrar a crônica da semana. Metáforas são e sempre serão, a "carta na manga" dos melhores escrevedores. Elas facilitam, em muito, o entendimento das ideias e pontos. Neste humilde texto, quero rememorar com você a novela "Deus Nos Acuda". Uma obra de Sílvio de Abreu, com direção de Jorge Fernando, na faixa das 19h, exibida pela rede Globo em 1992 (olha aí, anos 90 novamente!). Confesso que não me lembro de nada a respeito da trama, eu era muito novo, mas sua abertura foi muito marcante. Ao som de Gal Costa, mostrava, literalmente, as pessoas - burguesas e malandras - se afundando na lama e o nosso país indo direto para o ralo. Lembro também, no Vídeo Show, que os bastidores e o making of desta abertura, eram mostrados em detalhes, sendo esta matéria reprisada de tempos em tempos. Pois bem. Acho que ela ilustra bem o momento que passamo

"A gente que lute!"

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Nos incríveis anos 90, um supermercado famoso aqui da região, colocou um videogame para que, durante as compras, os filhos e filhas pudessem se entreter. Foi um sucesso! Os adultos faziam as suas compras tranquilos, pois sabiam que os filhos estavam a salvo; e aliviados também, pois escapavam da armadilha de ter de comprar algum item diante de uma birra das crianças. Era um Super Nintendo e o jogo da vez era o Mortal Kombat II, vejam só. "Perdeu, passa a vez!", "Minha vez, agora!", "Para de apelar!", eram as frases ouvidas entre os olhos atentos aos golpes na tela. Lembrei disso ao pensar em como ilustrar a nossa compra de vacinas. Explico. O governo central parece um carro velho: só funciona no tranco. Somente após prefeitos, governadores e a iniciativa privada apresentaram providências, ante a letargia ou omissão dos que deveriam estar acelerados na busca de soluções, nosso ministério anunciou a compra de novas doses. Nosso ministério... parece até piada

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